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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2024, se depara com dificuldades para garantir o pagamento do Auxílio Gás em 2025, devido à manobra fiscal e ao atraso na votação do Orçamento. Com o primeiro repasse previsto para fevereiro, apenas R$ 600 milhões foram reservados até o momento, um valor bem inferior aos R$ 3,4 bilhões gastos com o programa em 2024.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a falta de aprovação do Orçamento pode resultar na execução de apenas cerca de 8,3% dos recursos programados por mês, o que significaria um repasse de R$ 100 milhões até fevereiro. Esse montante é insuficiente para garantir o pagamento integral da primeira parcela para todos os beneficiários.
Desafios de pagar o Auxílio Gás
O Auxílio Gás, pago bimestralmente, oferece um valor equivalente à média do preço do botijão de gás, conforme a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Em média, o governo desembolsa entre R$ 570 milhões e R$ 600 milhões a cada dois meses para viabilizar o pagamento do benefício.
Em meio a essa crise fiscal, a proposta do governo inclui a criação de uma nova modalidade do Auxílio Gás, com subsídio da União, que seria financiado por recursos do pré-sal e repassado diretamente à Caixa Econômica Federal, sem passar pelo Orçamento.
No entanto, economistas têm criticado essa estratégia, argumentando que ela pode representar um desvio das regras fiscais. Embora a equipe econômica tenha recuado sobre essa proposta em 2024, o novo formato do programa ainda não foi oficialmente apresentado.