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O Brasil ultrapassou a marca histórica de R$ 9 trilhões em dívida bruta em outubro de 2024, um aumento significativo no estoque total da dívida pública do país.
De acordo com o relatório “Estatísticas Fiscais” divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (29), a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) somou R$ 9,032 trilhões, o que representa uma alta de 1,16% em relação ao mês anterior e de 14,13% quando comparado ao mesmo período de 2023.
Composição e crescimento da dívida bruta
A DBGG engloba as dívidas do governo federal, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além das dívidas dos governos estaduais e municipais. O crescimento de 2024 foi impulsionado principalmente pela elevação de R$ 952,6 bilhões no estoque de dívidas, com destaque para o aumento total de R$ 1,8 trilhão durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Esse crescimento reflete, em parte, o aumento nos gastos públicos e a necessidade de financiamento do Estado, enquanto o país lida com a recuperação econômica e os desafios fiscais. O governo tem enfrentado um cenário de elevados custos com programas sociais, infraestrutura e políticas de estímulo econômico, o que tem pressionado o nível de endividamento.
Impactos e perspectivas para o futuro
A alta contínua da dívida pública brasileira levanta preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país no longo prazo, com implicações diretas sobre a economia, as taxas de juros e a capacidade do governo de gerar superávits fiscais.
Embora a dívida seja uma ferramenta importante para financiar o desenvolvimento, seu crescimento em ritmo acelerado exige atenção das autoridades econômicas e fiscais para garantir a estabilidade financeira e evitar pressões inflacionárias no futuro.
Em meio a esse cenário, o governo federal deve buscar estratégias para equilibrar as contas públicas e impulsionar o crescimento econômico sem comprometer ainda mais as finanças do país. O monitoramento constante do nível de endividamento será crucial para determinar as políticas fiscais adotadas nos próximos anos.