Ouça este conteúdo
O Brasil enfrentou um mês de outubro difícil para suas finanças externas, com um déficit nas contas externas de US$ 5,88 bilhões, o maior registrado para o período nos últimos cinco anos.
Esse resultado negativo surge como um grande contraste em relação ao superávit de US$ 451 milhões registrado no mesmo mês do ano passado.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 25 de novembro, pelo Banco Central (BC), por meio do relatório “Estatísticas do Setor Externo”.
Aumento do déficit acumulado das contas externas: impactos a longo prazo
Segundo o levantamento do BC, o déficit das contas externas acumulado nos últimos 12 meses até outubro alcançou US$ 49,2 bilhões, o que corresponde a 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em setembro, esse número era de US$ 42,8 bilhões ou 1,94% do PIB. A elevação no déficit está diretamente ligada a uma maior saída de recursos para o pagamento de juros, lucros e dividendos para o exterior, o que tem pressionado ainda mais as contas externas brasileiras.
A análise do Banco Central abrange as transações correntes do Brasil, incluindo não apenas a balança comercial, mas também os serviços adquiridos no exterior. Esses dados reforçam a preocupação com a sustentabilidade das finanças do país, diante de um cenário de maior endividamento externo.