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Nos últimos meses, os produtores de café e a indústria de torrefação brasileira estão enfrentando uma situação preocupante: a proliferação de produtos falsificados, com destaque para as bebidas conhecidas como “cafake” ou “café fake”. Esses produtos estão começando a aparecer em prateleiras de supermercados em São Paulo e no Sul do Brasil, gerando uma nova onda de incertezas no mercado do café.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o aumento considerável no custo dos insumos agrícolas, além do impacto da mão de obra e energia, tem feito o preço do café genuíno disparar. Com isso, o “café fake”, produzido de maneira clandestina, surge como uma alternativa mais barata, aproveitando o crescimento dos preços da bebida. Esse produto é uma mistura que, em vez de utilizar a semente do café, é feito com polpa, cascas, folhas e galhos.
O “café fake” é comercializado em embalagens semelhantes às do café tradicional, tanto em almofadas quanto a vácuo, com o intuito de imitar marcas conhecidas. A prática é um golpe direto ao consumidor, que pode ser enganado por um produto que não oferece os mesmos benefícios e qualidades do café genuíno.