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A alta do dólar, que nesta segunda-feira (16) está em torno de R$ 6, tem gerado preocupações entre diversos setores industriais, que já se preparam para aumentar os preços em 2025. Indústrias de alimentos, especialmente os itens consumidos na Ceia de Natal, além de bebidas, produtos de higiene, limpeza, eletrodomésticos e eletrônicos, estimam reajustes que podem chegar a dois dígitos logo no início do próximo ano.
O dólar, que registrou uma alta superior a 4% neste mês e acumula quase 25% de valorização em 2024, tem impactado diretamente as previsões de inflação para o final deste ano e início de 2025. As projeções já superaram o teto da meta de inflação, que é de 4,5%, pressionando ainda mais os preços no mercado.
Ceia de Natal e seus valores em 2024
O aumento do câmbio já é perceptível nos preços dos alimentos importados consumidos durante a Ceia de Natal e de fim de ano. Supermercadistas reportam reajustes de 10% em produtos como frutas secas, azeite e bacalhau, que já subiram entre 4% e 5% no mês de novembro.
A lichia, tradicional na Ceia de Natal, agora custa cerca de R$ 60 por quilo, enquanto a cereja chega a R$ 120. Esses produtos, em sua maioria importados, estão diretamente ligados ao câmbio, o que justifica os aumentos.
Além disso, bacalhau, azeite e vinhos também sofreram reajustes de aproximadamente 10% neste mês. Já as indústrias de higiene e limpeza planejam aumentos de 10% a 12% nas suas tabelas de preços, o que afetará o bolso do consumidor nos próximos meses.
Por fim, no mercado interno, produtos como o melão atingiram o preço de R$ 50 por unidade, em parte devido à alta do dólar e à maior exportação de frutas brasileiras.
Com esses aumentos previstos na Ceia de Natal, os consumidores podem esperar um cenário de preços mais altos, impactando diretamente o orçamento familiar e as projeções de consumo para 2025.