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No terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, repete-se a má gestão das estatais, com um cenário preocupante para as finanças públicas. Até outubro de 2024, as empresas federais envolvidas no cálculo das contas públicas acumularam um déficit primário (sem considerar os gastos com juros) de R$ 4,45 bilhões.
O governo aponta o aumento de investimentos como uma das razões para esse rombo, mas a situação nas estatais, como nos Correios, aponta para problemas ainda mais graves.
Os Correios no auge da crise
Os Correios (ECT) são um exemplo claro dessa crise. A estatal, que terminou 2023 com um prejuízo de R$ 600 milhões, viu sua situação se agravar ainda mais, registrando um prejuízo superior a R$ 2 bilhões nos primeiros nove meses de 2024. Diante desse quadro alarmante, a empresa adotou recentemente um teto de gastos e busca implementar cortes de encargos, tanto em contratos quanto em pessoal, como forma de tentar reverter a situação.
No entanto, a missão da estatal não será fácil. Os Correios, com cerca de 85 mil funcionários, são o maior empregador entre as estatais federais não financeiras, o que torna qualquer tentativa de redução de custos um desafio de grandes proporções. O governo e a administração da empresa ainda terão um longo caminho pela frente para reorganizar suas finanças e reverter esse cenário de prejuízos.