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Ex-funcionárias do senador Davi Alcolumbre (União-AP) estão no centro de uma polêmica envolvendo o esquema de “rachadinha”, que ganhou destaque nas últimas semanas. A denúncia, veiculada pela revista Veja, aponta que essas mulheres, todas de origem humilde, teriam usado seus nomes e CPFs em um suposto esquema no gabinete do atual presidente do Senado.
Curiosamente, quatro dessas seis ex-funcionárias estão cadastradas no programa Bolsa-Família, o que levanta sérias questões sobre o impacto de tais práticas em programas sociais voltados para a população mais vulnerável.
Um dos casos mais emblemáticos é o de Marina Ramos, que chegou a receber um valor surpreendente de R$ 14,7 mil, no qual ela ficava com uma parte – R$ 1.350 – e devolvia o restante. Em depoimento à época, Marina confirmou a prática e afirmou que o esquema envolvia o retorno do montante, o que levanta sérias dúvidas sobre a transparência no uso de recursos públicos.
Além de ser citada no caso, Marina também é beneficiária do Bolsa-Família. Em novembro de 2023, ela recebeu R$ 1.302, conforme dados atualizados no Portal da Transparência, reforçando a complexidade da situação. O fato de uma beneficiária do programa social estar envolvida em um esquema que poderia ter prejudicado outros cidadãos, especialmente em um contexto de escassez de recursos públicos, evidencia a necessidade de uma investigação mais profunda sobre o caso.