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Na última semana, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados viveu um momento de grande tensão durante uma sessão destinada a discutir as queimadas no Brasil.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi alvo de críticas contundentes da deputada Julia Zanatta (PL-SC), que a chamou de “capacho” de organizações não governamentais (ONGs).
A declaração gerou um intenso debate, levando Marina a responder à provocação: “Capacho é quem faz discurso de encomenda para fazer lacração”, intensificando o clima já conturbado da discussão.
Projeto polêmico em debate
A deputada Zanatta não é nova no cenário de polêmicas. Desde o ano passado, ela é a autora de um projeto de lei que visa fazer uma análise rigorosa dos recursos destinados às ONGs no país.
Este projeto, que completará um ano no próximo sábado, foi recentemente apensado a outra proposta que aborda a mesma temática e está prestes a ser votado na Comissão de Administração e Serviço Público.
A iniciativa busca estabelecer critérios de transparência para as doações recebidas por essas entidades, especialmente no que diz respeito aos recursos provenientes do exterior.
A discussão em torno da atuação das ONGs e do financiamento estrangeiro reflete um embate mais amplo sobre a política ambiental no Brasil.
A proposta visa adequar as normas que regem as organizações da sociedade civil, reforçando a necessidade de maior clareza nas relações entre essas entidades e o poder público. O resultado desse projeto pode impactar significativamente a atuação das ONGs e o financiamento de suas atividades no país.