Desmatamento no Cerrado aumenta no governo Lula e supera índices da gestão Bolsonaro

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Nos dois primeiros anos do governo Lula (PT), o desmatamento no Cerrado superou os índices registrados no mesmo período da gestão de Jair Bolsonaro (PL), refletindo um aumento preocupante na destruição desse bioma essencial para o equilíbrio ambiental do país.

De acordo com dados do Inpe, em 2023, a vegetação nativa do Cerrado perdeu 7,8 mil km², o que representa uma elevação em relação ao ano anterior, quando a destruição havia sido de 5,9 mil km². Além disso, os alertas de desmatamento chegaram a 17,1 mil km², o maior número registrado desde o início da série histórica.

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Cerrado enfrenta desafios contínuos: queimadas, mineração e urbanização desordenada

Apesar da queda no desmatamento na Amazônia, o Cerrado, o segundo maior bioma do Brasil, continua a ser severamente afetado por uma combinação de fatores, como queimadas, mineração, urbanização desordenada e estiagens prolongadas. Em 2019, durante o primeiro ano de Bolsonaro, o desmatamento foi de 4,7 mil km², e em 2020, de 4,4 mil km².

A marca de 5 mil km² foi superada apenas em 2022, quando o desmatamento chegou a 5,4 mil km². A seca, intensificada pela ação humana, tem favorecido os incêndios e acelerado a perda de biodiversidade no bioma. O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) confirmou que o Brasil está vivenciando a pior seca das últimas décadas, o que agrava ainda mais a situação.