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Analistas da Warren Investimentos projetam que a dívida bruta do governo geral do Brasil aumentará consideravelmente nos próximos dez anos, alcançando 95% do PIB até 2033.
Essa previsão marca um crescimento de 20 pontos percentuais em relação aos níveis atuais, refletindo uma preocupação crescente com a sustentabilidade fiscal do país.
Governo Lula precisa ajustar dívida bruta para evitar o caos
O relatório, divulgado pelo Estadão, sugere que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva pode precisar ajustar sua meta de resultado primário para o próximo ano.
Os analistas classificam a política fiscal vigente como “feijão com arroz”, um termo que denota uma abordagem básica e não inovadora para evitar uma crise econômica mais grave.
Em termos práticos, a administração atual está optando por um ajuste fiscal menos severo no presente, embora isso possa resultar em desafios mais profundos no futuro, independentemente do resultado das eleições de 2026.
A dívida pública, que se situava em 74,4% do PIB no final de 2023, deve subir para 95% do PIB em 2033, sem perspectivas claras de estabilização, conforme aponta o relatório.
Esse cenário é agravado pela recente revisão das taxas de juros, que, por sua vez, é parcialmente atribuída à própria situação fiscal do país. Os economistas alertam que, para estabilizar a dívida pública e evitar uma trajetória insustentável, serão necessárias medidas mais robustas e eficazes do que as atualmente em vigor.