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Quase 30% dos domicílios no BR não contam com rede de esgoto, aponta IBGE

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Quase 30% dos domicílios no BR não contam com rede de esgoto, aponta IBGE

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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que três em cada dez domicílios no Brasil ainda não têm acesso à rede de esgoto.

De acordo com os dados, 69,9% das residências do país já contam com o serviço de saneamento básico, mas uma parcela significativa da população ainda depende de soluções alternativas, como fossas rudimentares e despejo direto em rios e valas.

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Avanços no saneamento, mas com desigualdade regional

A pesquisa também mostra que, entre 2019 e 2023, o percentual de domicílios com acesso à rede de esgoto aumentou em 1,8 pontos percentuais, passando de 68,1% para 69,9%. No entanto, os avanços foram mais significativos nas regiões Norte e Nordeste, que, apesar de apresentarem as maiores melhorias, ainda têm os menores índices de atendimento a essa demanda básica.

O Novo Marco Legal do Saneamento, estabelecido pela Lei 14.026 de 2020, estabelece metas ambiciosas para a universalização dos serviços até 2033. A partir dessa data, 99% da população brasileira deve ter acesso à água tratada em suas torneiras, enquanto 90% devem contar com rede de esgoto e tratamento de esgoto sanitário. Isso representa um grande desafio, especialmente para as regiões mais carentes de infraestrutura.

A pesquisa também destacou que, em 2023, 98,1% dos domicílios no Brasil possuíam banheiro de uso exclusivo. Nas áreas urbanas, esse número chega a 99,4%, com 78% dos domicílios conectados à rede geral de esgoto. No campo, no entanto, a situação é mais precária: 88,4% das residências rurais têm banheiro, mas apenas 9,6% dessas casas possuem escoamento de esgoto por meio de rede geral ou fossa séptica ligada à rede.

Outro dado alarmante da pesquisa é que 15,2% dos domicílios no Brasil, o que equivale a aproximadamente 11,8 milhões de residências, ainda utilizam formas improvisadas de esgotamento sanitário. Esses dejetos são descartados em fossas rudimentares, valas a céu aberto, rios, lagos e até no mar, comprometendo a saúde pública e o meio ambiente.

Apesar dos avanços na ampliação da cobertura de esgoto, a desigualdade regional e a infraestrutura insuficiente continuam a ser grandes obstáculos para a universalização do saneamento básico no país. A pressão para cumprir as metas do Novo Marco Legal será intensa, e a implementação de soluções mais eficazes será fundamental para garantir o direito ao saneamento para todos os brasileiros.

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