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As eleições que prometem renovar a liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) em 2025 estão aquecendo os ânimos nos bastidores, revelando um intenso embate entre os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Enquanto o foco da mídia se concentra no segundo turno das eleições municipais, petistas com e sem mandato se movimentam para definir os rumos do partido, gerando preocupações sobre uma possível divisão na corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que é majoritária na legenda.
A luta pelo comando dentro do PT
O confronto interno não se limita apenas a disputas ideológicas entre a ala “fiscalista”, representada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a corrente “desenvolvimentista”, liderada pela atual presidente do partido, Gleisi Hoffmann.
O que está em jogo vai além das diferenças superficiais: o próximo líder do PT terá a crucial responsabilidade de orquestrar a campanha da reeleição de Lula em 2026 ou, alternativamente, o nome que o presidente indicar para sua sucessão.
Diante de um cenário eleitoral que promete ser desafiador, Haddad já enfatizou a necessidade de o partido começar a planejar o “pós-Lula”.
As movimentações internas do PT refletem uma compreensão de que, para manter a relevância e a unidade da legenda, é preciso enfrentar as questões que envolvem não só a liderança, mas também a estratégia política a ser adotada nos próximos anos. O resultado dessas articulações pode moldar não apenas o futuro do PT, mas também o panorama político do país.