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As eleições municipais deste domingo (6) trouxeram à tona a dificuldade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em consolidar sua influência nas urnas.
Das 22 cidades que visitou desde julho, somente 6 candidatos apoiados por ele avançaram ou garantiram vaga no segundo turno, destacando um cenário de desafios para o líder petista.
Durante suas visitas, Lula se dedicou a anunciar investimentos federais e obras locais, mas sua participação em atos de campanha foi mínima. Embora tenha se manifestado sobre alguns candidatos em eventos, a falta de apoio direto nas campanhas pode ter contribuído para os resultados aquém das expectativas. Em 26 cidades visitadas, em 4 delas o presidente não endossou nenhum candidato.
Boulos e a disputa em São Paulo são as únicas chances de Lula
Entre os nomes apoiados, Eduardo Paes (PSD) foi o único a garantir a reeleição na Prefeitura do Rio de Janeiro, embora tenha optado por não utilizar a imagem de Lula em sua campanha, temendo uma possível rejeição associada ao presidente.
No entanto, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), apoiado por Lula, avançou para o segundo turno em São Paulo, recebendo 29,07% dos votos válidos. Ele enfrentará Ricardo Nunes (MDB), que obteve 29,48% dos votos.
Ainda assim, a presença do petista no pleito paulistano ficou aquém do que a campanha de Boulos esperava. Desde julho, quando sua candidatura foi oficializada, o deputado contou com a presença de Lula em apenas 2 dias
Com o segundo turno marcado para 27 de outubro, as próximas semanas serão cruciais para os candidatos e para a estratégia de Lula, que busca reverter um panorama de apoio limitado. A situação exige uma reflexão sobre a eficácia de suas ações e a relação com os aliados nas próximas etapas políticas.