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Em 13 de dezembro, o pagamento de R$ 3,3 bilhões em emendas PIX trouxe o total de emendas sem destinação fixa no Congresso para a impressionante cifra de R$ 7,7 bilhões. Esses recursos, muitas vezes descritos como “cheques em branco” para os prefeitos, não têm transparência sobre como serão aplicados. O Partido dos Trabalhadores (PT) teve um gasto de R$ 732 milhões.
A distribuição das Emendas PIX tem se mostrado estratégica e alinhada, em grande parte, ao poder de influência e à quantidade de integrantes das bancadas partidárias no Congresso. O PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, recebeu R$ 938 milhões em emendas, enquanto o PP, ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira, ficou com R$ 769 milhões. O MDB, com grandes nomes como Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), obteve R$ 895 milhões.
Outros partidos também receberam grandes valores das Emendas PIX, como o PDT, com R$ 293 milhões; o Podemos, com R$ 280 milhões; e o PSB, com R$ 256 milhões. Ao todo, as 46 maiores emendas foram destinadas a senadores, destacando a influência da Casa no processo de distribuição dos recursos.
Essa movimentação financeira tem gerado polêmica, já que muitos críticos apontam a falta de transparência e o impacto que essas emendas podem ter nas gestões municipais, sem a devida prestação de contas e acompanhamento da aplicação dos valores. A distribuição, conforme o número de integrantes das bancadas, deixa claro que a política partidária segue sendo um dos principais motores na alocação desses recursos.