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O Ministério da Saúde exonerou Antônio Cícero Santana da Silva Apurinã, coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Médio Rio Purus, após uma série de denúncias de assédio sexual e moral.
As acusações, que surgiram desde 2023, levantam sérias preocupações sobre o ambiente de trabalho sob sua gestão e mostram que mais uma vez um integrante do governo Lula está envolvido em casos graves.
Denúncias grave de assédio e medidas tomadas contra mais um integrante do governo Lula
Nomeado em fevereiro de 2023, Apurinã foi alvo de relatos de servidoras que afirmaram ter recebido propostas de natureza sexual e que, ao rejeitar tais abordagens, enfrentaram represálias, como transferências para áreas remotas ou até demissões.
A exoneração foi oficializada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Para substituir Apurinã, o ministério nomeou Aroldo Moreira da Costa, um servidor de carreira, que assumirá a coordenação do DSEI. O distrito, situado em Lábrea (AM), abrange 128 aldeias e atende cerca de 12.357 indígenas, tornando a liderança eficaz e respeitosa essencial para o bem-estar da comunidade.
Com a exoneração de Apurinã, espera-se que o novo coordenador implemente mudanças significativas na gestão do DSEI, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e respeitoso para todos os servidores e a população indígena atendida.
No dia 6 de setembro, o então ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi demitido do cargo após a série de escândalos envolvendo denúncias de assédio sexual contra funcionárias e até contra a colega de Esplanada Anielle Franco (Igualdade Racial).