A recente ação do Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Gilson Machado é um claro exemplo de como as instituições podem se tornar instrumentos de perseguição política da esquerda.
A solicitação para o bloqueio de novas ações eleitorais envolvendo Bolsonaro e Machado revela uma preocupação excessiva com a crescente popularidade deles em Pernambuco, tradicional território de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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MPE contra Bolsonaro
O MPE acusa Bolsonaro e Machado de realizarem propaganda eleitoral antecipada ao promoverem eventos em cidades pernambucanas, onde atraíram multidões entusiásticas. Segundo o MPE, esses eventos, descritos como recepções públicas, teriam características típicas de campanhas eleitorais, como a presença de apoiadores, músicas e discursos.
No entanto, é essencial questionar se esses eventos realmente configuram uma violação das regras eleitorais ou se, na verdade, estamos diante de uma tentativa de silenciar a voz de uma oposição que desafia o status quo.
A petição, assinada pelo promotor Édipo Soares Cavalcante Filho, parece ignorar o fato de que Bolsonaro e Machado, como figuras públicas, têm o direito de mobilizar seus apoiadores e expressar suas opiniões políticas. O que se observa é uma tentativa descarada de cercear a liberdade de expressão e de reunião política, principalmente em um estado onde a oposição ao governo federal tem uma presença significativa.
Na quarta-feira (7), Bolsonaro desembarcou no Aeroporto Internacional dos Guararapes, onde foi recebido por uma multidão de simpatizantes. A mobilização popular que se seguiu, incluindo um comboio de veículos e gritos de protesto contra Lula, é um reflexo da força política e do apoio popular que Bolsonaro continua a atrair.
O MPE classifica essa mobilização como uma ação eleitoral irregular, mas não pode ignorar que a liberdade de expressão e a capacidade de mobilização são direitos garantidos em uma democracia.
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Além disso, a agenda de Bolsonaro em Pernambuco, que inclui um culto evangélico e uma carreata programada, demonstra o vigor e a resiliência de sua base de apoio.
O pedido do MPE para bloquear esses eventos é uma tentativa de minar essa base e desacreditar o ex-presidente e seu aliado Gilson Machado, ao invés de respeitar e reconhecer a diversidade de opiniões políticas que caracteriza uma sociedade democrática.
Se o pedido do MPE for aceito, isso não apenas resultará em multas para Bolsonaro e Machado, mas também poderá impor restrições significativas às suas futuras campanhas. Isso representa uma ameaça não apenas à liberdade política, mas também ao princípio democrático de que todos devem ter a oportunidade de se expressar e participar do processo político.