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Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira (27), novas sanções individuais contra mais de 20 autoridades alinhadas ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, como parte de uma estratégia para pressioná-lo a aceitar os resultados das controversas eleições presidenciais de julho. O movimento é uma tentativa de fortalecer a oposição e facilitar uma transição democrática na Venezuela.
Os Estados Unidos e diversos outros países não reconhecem a vitória de Maduro nas eleições de julho, alegando que o verdadeiro vencedor foi o opositor Edmundo González. Em uma entrevista coletiva, altos funcionários do governo americano reiteraram seu apoio a González, reconhecendo-o como o presidente legítimo da Venezuela.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, havia feito esse reconhecimento oficial uma semana antes, afirmando que os Estados Unidos consideram González o verdadeiro vencedor do pleito.
Sanções dos EUA contra a Venezuela e Maduro
As novas sanções visam principalmente oficiais militares da Guarda Nacional Venezuelana, da Polícia Bolivariana e outros membros das forças de segurança que são considerados próximos a Maduro.
De acordo com autoridades norte-americanas, a intenção é aumentar a pressão sobre o governo venezuelano, incentivando uma ruptura dentro das suas forças armadas e outros órgãos de poder, o que poderia facilitar um processo de transição política no país.
Além das sanções individuais, os EUA mantêm as medidas restritivas já impostas ao setor petrolífero venezuelano, incluindo as licenças gerais concedidas a algumas empresas, como a petrolífera americana Chevron, para continuar suas operações no país.
No entanto, essas licenças estão “sob constante revisão”, conforme advertido por um dos responsáveis pela política externa dos EUA.
As novas sanções são vistas como uma tentativa de isolar ainda mais o governo de Maduro, visando desestabilizar sua base de apoio e pressionar por mudanças no cenário político da Venezuela. No entanto, as medidas têm sido alvo de críticas quanto à sua eficácia a longo prazo, especialmente considerando o histórico de resistência do governo venezuelano às pressões externas.
Com as sanções em vigor e o reconhecimento de González como presidente, os Estados Unidos buscam incentivar uma mudança política na Venezuela. Resta saber se essas ações conseguirão alterar o equilíbrio de poder no país e trazer resultados concretos para uma transição democrática.