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Nos últimos meses, uma grave escassez de insulina tem afetado pacientes com diabetes em todo o Brasil. A Farmácia Popular, programa do governo que oferece medicamentos gratuitos, está sem as duas únicas opções de insulina humanas disponíveis para a população: a NPH e a regular, em versão frasco.
Cerca de 2 milhões de brasileiros, que dependem dessas doses diárias, estão sendo impactados pela falta do medicamento essencial.
A crise foi desencadeada quando uma das principais fabricantes do produto alertou para a impossibilidade de abastecer as farmácias brasileiras.
Embora entidades médicas tenham emitido alertas sobre a situação, o governo federal não tomou medidas para incluir outras versões de insulina no programa, deixando os pacientes sem alternativas de fácil acesso.
Pacientes que precisam de insulina precisam tirar dinheiro do bolso para comprar
Com a falta das insulinas baratas, os pacientes se veem diante de duas opções: buscar o medicamento em unidades do SUS, que também sofrem com falta pontual, ou adquirir uma versão mais cara, cujo custo pode chegar a R$ 150 por mês.
A substituição das insulinas gratuitas por opções mais caras deve ser feita sob orientação médica, pois existem diferenças significativas na forma como esses medicamentos atuam no corpo. Essa transição sem o acompanhamento adequado pode trazer riscos à saúde do paciente.
Embora o Ministério da Saúde afirme que o abastecimento nas farmácias públicas não foi comprometido, muitos usuários relatam dificuldades, como falta de insulina ou fracionamento das doses devido à escassez de fornecimento.
A falta de insulina nas farmácias do país reforça a importância de uma ação mais eficaz por parte do governo, para garantir que os pacientes diabéticos não fiquem sem acesso ao tratamento essencial para o controle de sua saúde.