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Governo Lula se abstém na ONU de condenar o Irã por violência contra mulheres

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Governo Lula se abstém na ONU de condenar o Irã por violência contra mulheres 

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu se abster na votação da resolução apresentada pela ONU para condenar o Irã por sua repressão a manifestantes, ataques à liberdade das mulheres e pela violência nas manifestações contra o regime.

O texto, que recebeu o apoio de 77 países, foi aprovado com a adesão de governos de esquerda como Chile, México, Espanha e Colômbia. No entanto, a posição brasileira, junto a outros países do bloco Brics, gerou controvérsia e reflexão sobre a postura internacional do Brasil frente a questões de direitos humanos.

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O que justifica a decisão do Brasil em favor do Irã

A resolução de condenação foi formulada por países europeus e norte-americanos, e, além do Brasil, 66 países se abstiveram de votar, incluindo potências do Brics como China, Rússia, África do Sul, Índia e Emirados Árabes Unidos.

A falta de apoio à resolução sublinha as complexas relações diplomáticas que o bloco de economias emergentes mantém com o Irã, cuja política de neutralidade pode ser vista como uma tentativa de equilibrar os interesses econômicos e geopolíticos.

A decisão do Itamaraty de se abster da votação não é novidade. Em janeiro deste ano, o governo brasileiro se posicionou contra o isolamento do Irã, alegando que tal postura poderia radicalizar ainda mais o regime e acelerar o desenvolvimento de armas nucleares.

Ao adotar a neutralidade, o Brasil segue a linha de outros países do Brics, que tentam manter uma relação pragmática com Teerã, equilibrando suas políticas internas e alianças internacionais.

Essa posição, no entanto, tem gerado críticas de setores que defendem uma postura mais firme em relação aos direitos humanos e ao combate à repressão, destacando que a abstenção pode ser interpretada como uma falta de compromisso com os valores universais de democracia e liberdade.

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