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Na cerimônia de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump uma fileira de assentos destacou figuras de peso do setor de tecnologia global. Entre os presentes, estavam Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Elon Musk (X), Tim Cook (Apple), e outros líderes de empresas que juntas dominam trilhões de dólares em valor de mercado.
Esses empresários, que exercem grande influência no cenário digital, têm se mostrado aliados do novo governo Trump, especialmente no que diz respeito à resistência à regulação das redes sociais.
Conflito de interesses: Estados Unidos x Brasil
No entanto, a proximidade das big techs com o governo norte-americano pode criar um cenário delicado para o Brasil. Sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo brasileiro e uma parte significativa do Supremo Tribunal Federal (STF) defendem a urgência da regulação das redes sociais no país.
O argumento central é que, sem uma estrutura clara de controle, as plataformas digitais ficam vulneráveis a abusos, como a disseminação de discursos de ódio e extremismo, impactando negativamente a liberdade de expressão e a segurança pública.
Essa divergência de posicionamento, com o Brasil apostando na regulação e as grandes corporações de tecnologia resistindo a isso, coloca o país em uma situação de tensão com um dos maiores blocos econômicos e tecnológicos do mundo. A questão da regulamentação das redes sociais se tornará um dos pontos centrais da política pública digital brasileira nos próximos anos, com repercussões para as relações internacionais e o controle do espaço virtual.