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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sob críticas por não atender a um pedido formal feito pela Lei de Acesso à Informação, que solicitava detalhes sobre a viagem da primeira-dama, Rosângela Silva, conhecida como Janja, a Nova York em março deste ano.
A negativa em três instâncias sobre informações como o local de hospedagem, despesas e fontes de recursos levanta questões sobre a transparência da administração.
Compromissos na ONU e informações divergentes sobre Janja em NY
Janja viajou para Nova York a convite da ONU, onde participou da 68ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, representando o Ministério das Mulheres. Na ocasião, foi designada pelo presidente Lula em sua qualidade de socióloga. Atualmente, ela se encontra novamente na cidade, acompanhando o presidente durante a Assembleia-Geral da ONU, mas chegou alguns dias antes para compromissos adicionais.
As informações sobre sua hospedagem foram contraditórias. Inicialmente, a assessoria de Janja afirmou que ela teria se hospedado na casa de terceiros, mas posteriormente alterou a versão, afirmando que sua estadia ocorreu na residência oficial brasileira em Nova York. Essas inconsistências aumentam a pressão por esclarecimentos sobre os custos envolvidos.
De acordo com o painel de viagens do governo, os deslocamentos de ida e volta da primeira-dama entre Brasília e Nova York totalizaram R$ 43,4 mil. Esse valor gerou questionamentos sobre a alocação de recursos públicos e a necessidade de prestação de contas mais rigorosa.
Com a crescente demanda por transparência na administração pública, a falta de respostas claras e consistentes sobre as despesas e a logística da viagem da primeira-dama poderá ter implicações políticas para o governo, especialmente em um momento em que a confiança da população na gestão pública está em pauta.