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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva firmou um contrato de R$ 478 milhões com a Organização de Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), com a assinatura de Valter Correia da Silva, atual secretário extraordinário para a COP30.
O nome de Correia, entretanto, gerou controvérsias devido ao seu envolvimento na Operação Custo Brasil, uma fase da Lava Jato, em 2016.
Operação Custo Brasil e o esquema de propinas na COP30
A Operação Custo Brasil investigou um esquema de propinas que movimentava cerca de R$ 100 milhões dentro do Ministério do Planejamento. Embora Correia tenha sido preso durante a operação, as provas que o implicavam foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão do ministro Dias Toffoli. Mesmo tendo sido preso, Correia não foi formalmente denunciado, mantendo sua ficha limpa.
O caso gerou ainda mais repercussão devido aos outros envolvidos na operação, como Paulo Bernardo, ex-ministro e marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), além dos ex-tesoureiros do PT, João Vaccari Neto e Paulo Ferreira, que também foram presos.
Naquele período, Valter Correia atuava como secretário de gestão na administração do então prefeito Fernando Haddad (PT-SP) e tinha passagens por cargos semelhantes em Guarulhos e São Bernardo do Campo, além de diversas funções em ministérios.
Com o contrato firmado entre o governo e a OEI, a nomeação de Correia volta a ser um ponto de atenção, com críticos questionando a escolha e trazendo à tona o histórico da Operação Lava Jato.