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O governo federal causou polêmica ao liberar, no final de 2024, um total de R$ 479 milhões em emendas suspensas, destinadas à compra de tratores e retroescavadeiras. A medida foi tomada para atender a demandas de obras em estradas vicinais.
A liberação dos recursos contraria uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que havia suspendido a emenda devido à falta de clareza sobre as indicações de destino do dinheiro.
Apesar da ordem do STF, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), sob a liderança do ministro Carlos Fávaro (PSD), defendeu que a liberação dos recursos ocorreu de forma autônoma, sem atender a solicitações específicas de parlamentares.
No entanto, o recurso foi reservado para 12 empresas por meio de uma indicação da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, com valores que serão descontados do Orçamento de 2025. Até o momento, o Mapa não esclareceu quais estados serão beneficiados com os maquinários e obras nas estradas.
Essa movimentação gerou comparações com o polêmico “orçamento secreto”, destacando a falta de transparência e controle sobre o uso dos recursos públicos.