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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou na noite de quarta-feira (27), um pacote de medidas com o objetivo de controlar os gastos do governo e promover uma gestão fiscal mais equilibrada.
No entanto, o mercado financeiro demonstrou ceticismo quanto à eficácia das propostas para estabilizar a dívida pública brasileira.
Conheça as medidas divulgadas por Haddad, mas que foram mal vistas pelo mercado
Entre as principais propostas apresentadas por Haddad estão o reajuste no abono salarial e a limitação do crescimento das emendas parlamentares a 2,5% ao ano.
O pacote também prevê que metade das emendas de comissões do Congresso seja direcionada à saúde pública, com o intuito de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Outra medida importante envolve mudanças na idade mínima para aposentadoria dos militares e restrições nas transferências de pensões.
Segundo o governo, essas ações devem gerar uma economia de aproximadamente R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. No entanto, todas as medidas dependem da aprovação do Congresso Nacional para serem implementadas de fato.
Apesar da intenção de promover um controle de gastos e garantir um melhor direcionamento dos recursos públicos, o mercado financeiro vê as propostas como insuficientes para resolver o principal problema fiscal do país: a crescente dívida pública.
A principal crítica é de que, embora as medidas sejam positivas, elas não terão um impacto significativo na relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB), que deve continuar a crescer nos próximos anos.