Ibram é investigado após licitação que inclui água a R$ 147,65 e locação de TV por R$ 5 mil

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O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), órgão federal responsável pela gestão de museus no Brasil, cancelou em agosto uma licitação que gerou polêmica devido aos preços elevados previstos para itens simples, como garrafas de água e a locação de equipamentos de audiovisual.

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O processo foi anulado após um alerta da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou inconsistências nos valores estimados. Desde então, o Ibram está reavaliando a licitação para atender às recomendações feitas pelos auditores.

Licitação do Ibram incluiria água a R$ 147,65 e locação de TV por R$ 5 Mil

O relatório da CGU, divulgado na terça-feira (17), detalhou os problemas encontrados na licitação, que visava à contratação de uma empresa especializada na organização de eventos para o Ibram.

Entre os itens questionados, destaca-se o preço da água mineral, que foi orçado em R$ 147,65 por garrafa de 500 ml, servida em copo de vidro. Durante a pesquisa de preços, o valor variou entre R$ 5,80 e R$ 257,14, o que gerou preocupação sobre a possibilidade de uma aquisição antieconômica.

Outro ponto crítico foi a locação de televisores. A pesquisa indicou que o valor da diária de 8 horas para dois aparelhos de 75 polegadas variava de R$ 430 a R$ 11.142,86. Como resultado, o preço médio na licitação ficou em R$ 4.924,29, o que foi considerado excessivo pelos auditores da CGU.

A licitação, que previa um valor estimado de R$ 32,8 milhões para a contratação de serviços de apoio logístico, alimentação, decoração e locação de equipamentos, foi cancelada no final de agosto após os alertas da CGU. O Ibram agora trabalha na reformulação do processo licitatório, ajustando os valores e atendendo às orientações da Controladoria para evitar novas irregularidades.

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