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Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSol, está no centro de uma crescente controvérsia envolvendo seus aliados políticos e supostos vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Recentes revelações e depoimentos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil paulista indicam que figuras próximas ao vereador petista Senival Moura, um dos apoiadores de Boulos, podem estar implicadas em atividades ilícitas associadas ao PCC.
A situação ficou ainda mais complexa após a investigação revelar que a Transunião, uma empresa de ônibus da zona leste de São Paulo ligada ao vereador Moura, está sendo investigada por possíveis conexões com o PCC.
Moura, que é conhecido por seu apoio à campanha de Boulos, enfrenta acusações graves, incluindo a suspeita de ser o “testa de ferro” na administração da empresa. A conexão entre Moura e a Transunião levanta questões sobre a possível extensão da influência do PCC no círculo de apoio de Boulos.
Boulos tenta “abafar” o assunto e jogar ligar o prefeito de SP ao PCC
Boulos, em sua campanha, tem se posicionado fortemente contra a corrupção e a infiltração do PCC nas empresas de transporte, utilizando essas questões para criticar o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e outros adversários políticos. No entanto, a descoberta de ligações entre seus aliados e o PCC pode colocar o candidato em uma posição desconfortável e exigir um posicionamento claro.
Durante uma recente entrevista ao programa Roda Viva, Boulos tentou afastar as acusações e focou suas críticas no atual prefeito e em seus aliados, afirmando que as investigações em torno da Transwolff, uma outra empresa de ônibus com conexões suspeitas, são evidências da corrupção na gestão atual.
“Não há denúncias que envolvam diretamente nossos aliados”, afirmou Boulos. No entanto, a crescente preocupação sobre a influência do PCC em seu círculo político continua a ser um ponto de tensão na campanha.