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O Aliança Global Festival Contra Fome e a Pobreza, também apelidado de “Janjapalooza”, que ocorrerá de 14 a 16 de novembro, irá reunir 29 artistas confirmados, incluindo nomes como Maria Rita, Seu Jorge, Zeca Pagodinho e Ney Matogrosso.
O “Janjapalooza”, organizado com o apoio da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, tem como objetivo mobilizar a sociedade contra a fome e a pobreza, temas que também estarão em pauta na cúpula do G20, onde Lula e outros líderes lançarão uma iniciativa global para combater as desigualdades.
“Janjapalooza” e o cachê para artistas petistas
No entanto, o valor de R$ 30 mil pago como cachê simbólico a cada artista gerou controvérsias. Em um evento que se propõe a lutar contra a pobreza, o valor elevado dos cachês parece destoar da causa.
A chamada “Janjapalooza”, como ficou conhecida a primeira edição do festival, agora assume uma dimensão mais global, mas o uso de grandes somas para a promoção de um evento de solidariedade levanta questões sobre o equilíbrio entre visibilidade midiática e o impacto real na luta contra a desigualdade.
Enquanto a música é, sem dúvida, uma ferramenta poderosa de mobilização, fica a reflexão sobre o quanto do investimento destinado aos cachês poderia ser melhor canalizado para ações diretas em prol dos mais vulneráveis.
O festival pode ser uma vitrine para a arte e para a causa, mas é preciso que as ações também conversem de forma mais concreta com as necessidades do povo.