J&F contrata delator da Odebrecht e fortalece relações com governo Lula

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A J&F, grupo controlado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, deu um passo significativo ao contratar João Carlos Mariz Nogueira, conhecido por seu papel como delator de irregularidades na Odebrecht (atual Novonor).

Nogueira assumiu a posição de diretor de relações internacionais na área de novos negócios da empresa e, desde então, tem sido uma presença constante nas reuniões com representantes do governo Lula, conforme reportado pela Folha de S.Paulo.

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Revivendo conexões do passado entre J&F e Lula

As movimentações recentes de Nogueira evocam lembranças das relações controversas entre os irmãos Batista e as gestões anteriores do PT. Como já destacado pela revista Crusoé em suas matérias “De volta para o passado” e “Um choque de anticapitalismo”, as ações atuais de Lula e dos Batista refletem práticas que marcaram os piores momentos das administrações passadas.

Desde o início de 2023, Nogueira já esteve no Palácio do Planalto em pelo menos 14 ocasiões. Seu primeiro registro de visita foi em 2 de fevereiro, e em 21 de março, ele representou o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) em um encontro com o ministro Paulo Pimenta, que classificou a visita como “de cortesia”.

Em julho, ele participou de outra reunião com o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho, em um encontro que também foi considerado institucional.

Atividades em 2024

As visitas de Nogueira ao Planalto continuaram em 2024. Em fevereiro, ele esteve no Palácio nos mesmos dias que os irmãos Batista, coincidindo com reuniões com Celso Amorim, assessor especial de Lula para assuntos internacionais.

Embora a Secom tenha informado que Nogueira não acompanhou diretamente as conversas, seu envolvimento nas discussões sobre investimentos da J&F na Venezuela e América Latina, realizadas com Audo Faleiro, adjunto de Amorim, mostra a relevância de sua nova função.

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A trajetória de Nogueira e sua conexão com a J&F sugerem que os laços entre o setor privado e o governo continuam a ser uma dinâmica complexa e, por vezes, controversa no Brasil.