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A China Nonferrous Trade Co. Ltd. (CNT), uma subsidiária da China Nonferrous Metal Mining Group Co., acaba de adquirir no estado do Amazonas o controle sobre a maior reserva de urânio do Brasil.
A negociação, realizada por meio de uma compra estratégica, coloca o Brasil no radar das potências nucleares, enquanto fortalece a presença do governo chinês no setor energético global.
O urânio, um elemento essencial na indústria bélica e energética, tem um papel de destaque no cenário mundial. Em sua forma enriquecida, o urânio é fundamental na produção de energia nuclear e na fabricação de armamentos de destruição em massa, como bombas atômicas e de hidrogênio.
No Brasil, 99% do urânio é utilizado como combustível em usinas nucleares para a geração de eletricidade, um recurso de grande importância para o desenvolvimento energético do país.
Urânio do Amazonas
A rica reserva de urânio está localizada em Presidente Figueiredo, no estado do Amazonas, uma área estratégica a cerca de 107 quilômetros de Manaus, ao longo da rodovia BR-174, que se estende até as fronteiras com a Venezuela e a Guiana.
A aquisição coloca a China em uma posição de destaque na exploração de recursos minerais do Brasil e pode gerar novos desdobramentos no cenário de comércio internacional, além de influenciar as relações geopolíticas com os países vizinhos.
Com esta transação, a China não apenas reforça seu papel como potência econômica, mas também expande sua influência em uma região chave para a produção de energia, em um momento em que os recursos naturais e as fontes de energia nuclear se tornam cada vez mais valiosos no cenário global.