Ouça este conteúdo
A recente queda do regime do presidente sírio Bashar al-Assad, derrubado por forças rebeldes neste fim de semana, traz à tona o controverso relacionamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com líderes autoritários ao longo de sua carreira.
Assad, um dos ditadores mais temidos e cruéis das últimas décadas, foi um dos aliados de Lula no Oriente Médio, o que gerou críticas tanto no Brasil quanto internacionalmente.
Relação de Lula e Bashar al-Assad
Bashar al-Assad, apelidado de “O Carniceiro de Damasco”, governou a Síria com mão de ferro, sendo responsável pela prisão e execução de milhares de opositores e pela expulsão de mais de cinco milhões de cidadãos sírios, em meio a um regime repressor e violento.
Apesar da natureza brutal de seu governo, Lula demonstrou apoio explícito ao regime de Assad. Em 2010, durante seu segundo mandato, Lula concedeu a Assad a mais alta honraria brasileira, o Grande-Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, em um gesto que simbolizava uma aproximação entre os dois países.
Esses gestos de aproximação com figuras autoritárias têm sido um ponto de crítica à trajetória política de Lula, especialmente em tempos de maior vigilância internacional sobre direitos humanos e a atuação de líderes autocráticos.