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Em visita ao Mato Grosso do Sul na quinta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez ironias sobre a rejeição que seu governo tem enfrentado por parte do mercado financeiro.
A declaração foi dada após a divulgação de uma pesquisa que apontou um índice alarmante de 90% de rejeição entre operadores do setor financeiro.
Rejeição crescente de Lula e impactos econômicos
A pesquisa, divulgada na quarta-feira (4) pela Quaest, mostrou um aumento expressivo na desaprovação do governo entre os profissionais que atuam no mercado financeiro. A rejeição saltou de 64% em julho de 2023 para 90% em dezembro, marcando um crescimento de 26 pontos percentuais. Este cenário tem gerado reflexos no mercado, com o dólar batendo recordes e ultrapassando a marca de R$ 6 nos últimos dias.
Em tom irônico, Lula comentou o resultado da pesquisa, dizendo: “Ontem, a pesquisa deu que 90% do mercado, daqueles que acompanham a Faria Lima, são contra o meu governo. Eu já ganhei 10%, porque, nas eleições, eles eram 100% contra. Então, eu já cresci, já ganhei 10% dele”, referindo-se à tradicional concentração de poder financeiro em São Paulo.
O governo tem enfrentado constantes embates com o mercado financeiro, o que tem contribuído para o aumento da volatilidade econômica.
O mais recente desses atritos ocorreu na semana passada, quando o governo anunciou um pacote de corte de gastos que incluiu a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5.000. A reação do mercado foi imediata: o dólar disparou e alcançou seu maior valor nominal, acima de R$ 6