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A recente reportagem do “The Wall Street Journal” revelou uma nova tentativa dos Estados Unidos de negociar um acordo político com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, oferecendo-lhe um tipo de perdão em troca de sua saída do poder.
De acordo com o jornal, Washington está considerando oferecer garantias de não perseguição a Maduro e a outros líderes de seu governo, uma proposta que, se aceita, resultaria na retirada da recompensa de US$ 15 milhões oferecida em 2020 por informações que facilitassem a prisão do presidente venezuelano.
Esse movimento sinaliza uma tentativa dos EUA de resolver a crise política na Venezuela por meio de uma solução negociada, refletindo um possível realinhamento das estratégias diplomáticas americanas na região.
Contagem dos votos pela oposição mostra derrota de Maduro nas eleições
A situação política na Venezuela continua tensa e controversa. As eleições de julho foram marcadas por alegações de fraude e falta de transparência.
Enquanto o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), aliado de Maduro, proclamou o atual presidente como vencedor com 52% dos votos, a oposição, liderada por Edmundo González, contesta o resultado, afirmando ter obtido 67% dos votos com base em atas digitalizadas e outros documentos.
Além disso, uma contagem independente realizada pela Associated Press indicou que o candidato oposicionista venceu por uma margem de 500 mil votos. Esse cenário de disputas eleitorais e alegações de manipulação acrescenta uma camada extra de complexidade às negociações entre os EUA e o governo venezuelano.
A disposição da oposição venezuelana para garantir proteção a Maduro em troca de uma transição gradual de poder foi também mencionada, embora o presidente tenha descartado a possibilidade e demandado a entrega da líder oposicionista María Corina Machado à Justiça.
Machado, que se encontra em um esconderijo em Caracas desde o pleito, representa uma figura central no movimento de oposição e sua situação continua a ser um ponto crítico nas negociações.