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O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), fez declarações polêmicas sobre a relação entre o MDB e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026.
Em entrevista à CNN Brasil, França afirmou que o MDB não estará ao lado do presidente nas próximas eleições presidenciais, indicando que o partido deve se aliar à oposição.
MDB em aliança com a oposição em 2026
França, que atualmente faz parte da base aliada do governo, revelou que o MDB, tradicionalmente uma força política influente no Brasil, estará alinhado com a oposição de Lula nas eleições de 2026.
O ministro explicou que, embora algumas figuras do MDB no Nordeste ainda possam simpatizar com o governo Lula, a cúpula do partido, especialmente no Sudeste, está sendo liderada por políticos próximos ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Freitas, que é considerado um possível candidato à Presidência em 2026, tem fortes vínculos com o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), e com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ambos aliados da oposição.
França fez uma comparação ácida para ilustrar sua desconfiança em relação ao MDB, afirmando: “Cachorro mordido por cobra tem medo até de salsicha. Se eu tivesse de criar uma nova relação, não criaria com o MDB.”
A referência a Michel Temer, ex-presidente e membro do MDB, reforçou seu ponto de vista sobre a histórica relação do partido com a oposição ao PT, especialmente após o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, quando Temer assumiu a Presidência.
O que está em jogo para 2026?
O cenário político para as eleições de 2026 já começa a se desenhar com importantes alianças e divisões entre os principais partidos. O MDB, que atualmente faz parte da coalizão governista, tem mostrado sinais de distanciamento de Lula, especialmente com o fortalecimento de figuras como Tarcísio de Freitas e o envolvimento de nomes como Gilberto Kassab e Valdemar Costa Neto.
Esses movimentos, segundo Márcio França, indicam que o MDB se posicionará ao lado de um adversário político de peso em 2026, representando um desafio significativo para o governo do PT.
Com essa movimentação, as alianças políticas para o pleito de 2026 prometem ser mais complexas, com o governo Lula buscando novas parcerias enquanto enfrenta a perda de apoio de antigos aliados, como o MDB.
A expectativa é que, nas próximas semanas, novas definições sobre as candidaturas presidenciais e alianças partidárias ganhem contornos mais claros, configurando um cenário altamente dinâmico para o futuro político do Brasil.