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Renildo Lima, marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), voltou a ser o centro das atenções esta semana após ser preso com dinheiro na cueca.
Este episódio é apenas a ponta do iceberg em uma série de controversas envolvendo suas atividades empresariais em Brasília e sua ligação com o governo Lula.
Saiba a ligação do homem com dinheiro na cueca e o governo
Em fevereiro deste ano, o deputado Marcos Pollon (PL-MS) levantou suspeitas sobre os altos valores despejados pelo Ministério dos Povos Indígenas na Voare Táxi Aéreo, uma empresa de propriedade de Lima.
Sob pressão do parlamentar, o ministério revelou que, em 2023, foram celebrados dois contratos com a Voare, totalizando R$24,8 milhões. O primeiro contrato, no valor de R$17,7 milhões, foi feito de forma emergencial, sem licitação, o que gerou ainda mais questionamentos.
Desde 2014, a Voare Táxi Aéreo já recebeu mais de R$510,8 milhões do governo federal, segundo o portal da transparência. Os recursos foram destinados, alegadamente, para facilitar o acesso às comunidades Yanomamis, uma justificativa oferecida pelo ministério liderado por Sônia Guajajara.
No entanto, o aumento das mortes entre os Yanomamis durante o período de execução desses contratos levanta dúvidas sobre a eficácia e a necessidade dos gastos. O número de mortes na comunidade Yanomami subiu de 343 em 2022 para 363 em 2023, mesmo com a destinação de milhões para a empresa de Renildo Lima.
Esse cenário deixa em aberto questões sobre a real aplicação dos recursos e a transparência nas transações. Com a prisão de Lima, a situação só se agrava, amplificando as suspeitas sobre os negócios e contratos envolvendo sua empresa e o governo federal.