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Política

Milei ameaça sair do Mercosul para firmar acordo com EUA

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O presidente da Argentina, Javier Milei, não escondeu suas intenções de aproximar o país dos Estados Unidos, afirmando que, caso necessário, a Argentina poderia deixar o Mercosul para firmar um acordo comercial com os norte-americanos.

Durante uma entrevista exclusiva ao portal Bloomberg, Milei destacou que seu governo está empenhado em garantir uma relação comercial mais estreita com os Estados Unidos, sem necessariamente precisar se desfazer de sua participação no Mercosul, o bloco econômico que reúne Brasil, Paraguai e Uruguai.

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A Flexibilidade no Mercosul: A Busca por Alternativas

Milei, conhecido por suas críticas ao Mercosul, mencionou que existem mecanismos dentro do próprio bloco que permitiriam um acordo com os EUA sem a necessidade de rompimento. Ele se mostrou favorável a explorar essas opções, para que a Argentina possa aproveitar as vantagens de um acordo bilateral com os Estados Unidos, sem abrir mão de sua integração regional.

No entanto, o presidente argentino deixou claro que a saída do Mercosul seria uma possibilidade, caso as negociações com os EUA exigissem um movimento mais drástico. A flexibilidade na gestão de acordos comerciais parece ser uma das bandeiras do governo Milei, que vê a atual configuração do bloco como um obstáculo a algumas de suas ambições econômicas.

Críticas ao Mercosul e Relações Internacionais

Milei sempre foi um crítico do Mercosul, chamando-o publicamente de uma “prisão econômica” que limita as possibilidades de desenvolvimento comercial da Argentina. No ano passado, ele inclusive faltou à Cúpula do Mercosul, realizada no Paraguai, reforçando seu descontentamento com o funcionamento do bloco. Apesar das críticas contundentes, o presidente argentino tem elogiado acordos que envolvem o Mercosul, como o recentemente firmado com a União Europeia.

Embora tenha expressado desaprovação em relação à dinâmica interna do Mercosul, Milei reconheceu a importância do acordo com a União Europeia, assinado em dezembro de 2024. O pacto, que foi resultado de longas negociações, é visto como uma oportunidade de expansão comercial para os países membros do Mercosul.

O governo argentino, por meio de nota oficial, destacou os benefícios que o acordo trará aos consumidores, afirmando que a parceria proporcionará uma oferta mais diversificada de bens e serviços, além de preços mais competitivos, atingindo mais de 700 milhões de pessoas no mercado global.

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