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Nesta sexta-feira (25), as mineradoras Vale, BHP e Samarco, junto a autoridades brasileiras, firmaram um acordo histórico avaliado em 170 bilhões de reais para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem em Mariana (MG), um evento trágico que aconteceu há quase nove anos.
A primeira parcela, no valor de 5 bilhões de reais, deverá ser paga em até 30 dias, segundo informações do governo.
Detalhes do acordo entre as mineradoras e vítimas da tragédia de Mariana
O acordo estipula que, dos 170 bilhões de reais, 132 bilhões representam novos investimentos e 38 bilhões correspondem a gastos já realizados desde o colapso da estrutura em novembro de 2015. O advogado-geral da União, Jorge Messias, ressaltou que a negociação resultou no “possível”, enfatizando a importância de um novo ciclo que se inicia.
“Estamos encerrando um ciclo e abrindo um novo ciclo. Esse processo se iniciará e demandará de nós muito trabalho, da União, Estados e municípios”, declarou Messias, que propôs um minuto de silêncio durante a cerimônia de assinatura.
O poder público será responsável por gerir a maior parte das indenizações, um passo importante para garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficaz.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de uma administração responsável dos valores, afirmando que “esse será o melhor acordo se entregarmos à população tudo aquilo que estamos (colocando)”.
De acordo com os termos do acordo, 100 bilhões de reais serão considerados “novos recursos” que as mineradoras devem pagar ao poder público ao longo dos próximos 20 anos, sinalizando um compromisso de longo prazo com a reparação e a recuperação da área afetada.
Esse acordo não apenas busca compensar as vítimas e a comunidade, mas também representa uma tentativa de restaurar a confiança nas operações das mineradoras no Brasil.