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O Ministério das Comunicações do governo Lula gerou uma grande polêmica ao publicar uma montagem nas redes sociais que excluía a ginasta brasileira Rebeca Andrade do pódio da Olimpíada de Paris.
Em vez de mostrar a atleta recebendo sua medalha de ouro, a imagem foi alterada para exibir um computador, destacando “conquistas” na era de inclusão digital, como a doação de 5,6 mil computadores e a instalação de 600 pontos de inclusão digital (PIDs) em todo o Brasil.
Veja a gafe do Ministério das Comunicações com a vitória de Rebeca
A montagem do Ministério das Comunicações foi feita exatamente no momento em que Rebeca Andrade recebeu sua medalha de ouro e foi saudada pelas ginastas norte-americanas Simone Biles e Jordan Chiles. Na versão alterada, Biles e Chiles estão reverenciando o computador em vez de Rebeca.
Essa alteração não passou despercebida pelos internautas, que imediatamente expressaram seu descontentamento. A internauta Luísa Varella questionou: “Tiraram uma mulher negra do pódio?”, refletindo o sentimento de muitos que viram a ação como uma tentativa de apagar a conquista histórica da atleta.
A reação negativa não se limitou ao público. Até mesmo integrantes do governo Lula expressaram críticas em relação à postagem. O ex-presidente Jair Bolsonaro repostou a imagem, acusando o ministério de “apagar” a medalhista de uma das fotos mais emblemáticas dos Jogos Olímpicos.
Diante da repercussão adversa, o Ministério das Comunicações decidiu remover a postagem na manhã de quarta-feira, 7 de agosto, e publicou uma retratação em suas redes sociais.
Na nova versão, Rebeca Andrade foi reinstalada na imagem, e a pasta se desculpou publicamente pela controvérsia. Em uma nota oficial, o ministério explicou que a intenção era criar uma montagem “bem-humorada” para destacar a inclusão digital e que não havia a intenção de desmerecer a atleta. “A ideia era fazer algo bem-humorado, como no caso da foto do Medina, não foi nada além disso,” afirmou um integrante da pasta, sob reserva.