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Em um evento oficial nesta quinta-feira (28 de novembro), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, fez uma declaração que gerou polêmica ao se referir ao trágico acidente aéreo que vitimou os integrantes da banda Mamonas Assassinas, em 1996.
O comentário foi feito durante o lançamento do programa Rouanet Nordeste, que prevê investimentos de R$ 50 milhões em ações culturais na região.
“Mamonas Assassinas” e o comentário de Wellington Dias
O ex-governador do Piauí, que agora ocupa o cargo de ministro, saudava os artistas e produtores culturais que serão beneficiados pelo programa quando fez a piada. O ministro estava acompanhado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do empresário Aurélio de Mello.
Durante seu discurso, ele mencionou, com tom humorístico, o desejo de lançar um CD junto com Aurélio, e fez referência à banda Mamonas Assassinas.
“Queria saudar aqui o meu querido Aurélio de Mello. Aurélio, o meu companheiro de muitos anos. Eu estou pedindo para ele, já que agora eu não sou mais governador, para a gente lançar o nosso CD, viu, Margareth? Um CD de músicas que fizemos e que é na linha dos Mamonas Assassinas. Então eu disse para ele logo: ‘Só não queremos morrer de queda de avião, viu?’”, afirmou o ministro, causando reações entre os presentes e gerando repercussão nas redes sociais.
Repercussão e controvérsia
O comentário, embora aparentemente feito em tom de brincadeira, causou desconforto entre algumas pessoas que lembraram da gravidade da tragédia envolvendo a banda, que perdeu seus membros em um acidente aéreo enquanto estavam no auge do sucesso.
A piada rapidamente se espalhou nas redes sociais, gerando críticas por parte de internautas que consideraram a fala insensível, dada a dor que o evento causou a muitas famílias e fãs.
O evento de lançamento da Rouanet Nordeste, no entanto, teve como objetivo destacar o apoio governamental à cultura local e aos artistas da região, com destaque para as novas possibilidades de financiamento para projetos culturais por meio da Lei Rouanet, com um investimento estimado de R$ 50 milhões.
O incidente trouxe à tona novamente o debate sobre os limites do humor em espaços públicos, especialmente quando envolve temas sensíveis.