Moraes intima Elon Musk e pode tirar rede social X do ar caso não apresente representante no Brasil

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um ultimato ao bilionário Elon Musk na noite de quarta-feira (28/08).

Segundo mandado publicado na justiça, o magistrado intima Musk a identificar, em até 24 horas, o representante legal da rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) no Brasil. Caso a ordem não seja cumprida, a plataforma poderá enfrentar uma “pena de imediata suspensão.”

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A intimação foi divulgada na conta oficial do STF na própria rede social X, após um posicionamento da equipe de relações governamentais internacionais da empresa, a Global Government Affairs. Além disso, Moraes requisitou o pagamento de multas referentes ao descumprimento de ordens judiciais anteriores por parte da empresa.

Moraes x Musk: tensão e consequências

Esta ação é mais um capítulo na prolongada disputa entre o ministro e o magnata da tecnologia, que já se estende por vários meses. A tensão alcançou um novo patamar quando, em 17 de agosto, a X decidiu encerrar suas operações no Brasil e dispensar seus funcionários, embora a plataforma continue ativa no país.

Em uma declaração sobre o fechamento do escritório, Musk afirmou que a decisão foi difícil, mas necessária para evitar comprometer a integridade da empresa diante de exigências de censura ilegal e de entrega de informações privadas. O bilionário também fez duras críticas ao ministro, chamando-o de “ditador brutal” e acusando-o de manter o presidente Lula “na coleira.”

O confronto se intensificou após a divulgação dos “Twitter Files Brazil”, uma série de e-mails internos revelados pelo jornalista Michael Shellenberger, que discutem decisões judiciais brasileiras envolvendo a antiga Twitter entre 2020 e 2022.

Em resposta, Musk lançou uma ofensiva pública contra Moraes e ameaçou desobedecer ordens judiciais, o que levou a uma investigação por obstrução de Justiça, organização criminosa e incitação ao crime no STF. Musk também foi incluído no inquérito das milícias digitais, que já investiga outros envolvidos.

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