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O anúncio de que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) serão homenageados durante o desfile de 7 de Setembro em Brasília provocou uma onda de críticas e desconforto nas Forças Armadas.
Com o tema “Democracia e Independência! É o Brasil no Rumo Certo”, o governo Lula decidiu incluir os dois movimentos sociais como parte das festividades, uma escolha que tem dividido opiniões e gerado controvérsia dentro das instituições militares.
Forças Armadas pediram adicional de R$ 10 milhões para participar das comemorações com MST
A inclusão do MST e do MTST nas comemorações, tradicionalmente dominadas por uma representação militar e cívica, foi recebida com desagrado por parte das tropas.
Para muitos militares, a presença desses movimentos em um evento de tanta importância nacional é vista como uma distorção do caráter tradicional do desfile, que historicamente celebra a independência do país com ênfase nas Forças Armadas e na nação.
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) justificou a decisão afirmando que a homenagem busca “ampliar a participação social”, mas essa justificativa não tem sido suficiente para apaziguar o mal-estar entre os militares. As escolas cívico-militares, que tradicionalmente participam do desfile, foram excluídas deste ano, com o governo optando por não oferecer incentivo financeiro para sua presença.
Para lidar com o evento, o governo destinou um adicional de R$ 10 milhões às Forças Armadas, com o Exército recebendo R$ 3,3 milhões e o restante dividido entre a Marinha e a Aeronáutica. Esses recursos serão usados para o transporte e alimentação das tropas, que serão deslocadas para o desfile em ônibus e caminhões prancha.
No entanto, essa solução financeira não apaga o desconforto e a frustração presentes entre os militares, que se sentem desvalorizados e desrespeitados pela mudança na natureza do evento.