Ouça este conteúdo
Nesta quinta-feira (21), o Tribunal Penal Internacional (TPI) fez história ao emitir mandados de prisão internacionais para Benjamin Netanyahu.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, receberam ordens de detenção por crimes de guerra, um movimento que tem gerado grande repercussão política e diplomática.
TPI acusa Benjamin Netanyahu por crimes de guerra
O TPI justificou os mandados com base em evidências suficientes que indicam que tanto Netanyahu quanto Deif estão envolvidos em ataques deliberados a alvos civis, prática que é classificada como crime de guerra.
Além disso, as acusações contra Israel incluem crimes de “indução à fome como método de guerra”, enquanto o Hamas é acusado de “extermínio de povo”. Ambos os lados do conflito são, portanto, considerados responsáveis por graves violações dos direitos humanos.
O pedido para a emissão dos mandados foi formalizado pela Procuradoria do TPI em maio deste ano e marca o primeiro processo jurídico internacional contra Netanyahu. A decisão se aplica a todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que qualquer um dos acusados que entrar nesses países poderá ser preso.
Enquanto o primeiro-ministro israelense ainda não se manifestou sobre o assunto, as reações em Israel e ao redor do mundo são intensas. Yair Lapid, líder da oposição israelense, criticou duramente a decisão do TPI, classificando-a como uma “recompensa ao terrorismo”.
Por outro lado, Naftali Bennett, ex-primeiro-ministro de Israel, também expressou seu descontentamento, alegando que o mandado poderia prejudicar ainda mais a segurança do país.
Esse movimento do TPI acrescenta uma nova camada ao já complexo cenário geopolítico no Oriente Médio, onde as tensões entre Israel e Palestina continuam a crescer. A comunidade internacional agora observa atentamente os próximos passos, especialmente em relação à cooperação dos países signatários com a execução desses mandados.