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A Nicarágua, atualmente, vive sob um regime de fato ditatorial, após mudanças constitucionais impostas por Daniel Ortega. Com essas alterações, o controle sobre as instituições do país foi centralizado completamente em suas mãos e nas de sua esposa, Rosario Murillo, que foi promovida ao cargo de “co-presidente”, uma posição criada especificamente por Ortega para consolidar ainda mais o poder dentro da família.
Essa manobra política tem reforçado o domínio autoritário do casal sobre o país. Com as novas alterações na constituição, o legislativo e o judiciário da Nicarágua se tornaram meros instrumentos do poder executivo.
A separação de poderes, princípio fundamental de qualquer democracia, foi amplamente enfraquecida, criando um sistema político em que o governo exerce uma influência direta e absoluta sobre todas as esferas do poder.
Governo Ortega promove censura e perseguição a opositores
Outro passo significativo na construção de um regime autoritário foi a aprovação da chamada “lei de fake news”, que visa criminalizar qualquer discurso contrário à visão do governo. De acordo com a legislação, publicações que “divulguem fake news” podem resultar em penas de até 15 anos de prisão.
Esse movimento é visto como uma tentativa do governo de silenciar opositores e controlar a narrativa pública, com a eliminação imediata de conteúdos considerados desfavoráveis ao regime. A lei estabelece um ambiente de censura, onde qualquer forma de dissidência pode ser punida com severidade, tornando cada vez mais difícil para a sociedade nicaraguense expressar livremente suas opiniões.