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O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) decidiu recusar o acordo proposto pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que incluía o pagamento de R$ 10 mil e a remoção de uma publicação de suas redes sociais.
A proposta surgiu após o parlamentar ter chamado o presidente Lula (PT) de “ladrão” durante sua participação na Cúpula Transatlântica da Organização das Nações Unidas (ONU), em novembro de 2023.
Nikolas Ferreira foi denunciado por suposto crime de injúria contra o presidente Lula. O acordo foi apresentado durante uma audiência conduzida pelo gabinete do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além do valor da multa, o acordo previa que o deputado retirasse a publicação em questão de suas redes sociais, mas permitiria que ele a repostasse após a remoção do trecho ofensivo.
Nikolas Ferreira alega censura por parte do STF
Em resposta à proposta, o deputado manifestou sua decisão nas redes sociais. “Querem me impedir de chamar Lula de ladrão e ainda pagar multa? Não faço acordo com censura. Vários que hoje são aliados do Lula já o chamaram de coisas muito piores e absolutamente nada aconteceu – como sempre. Coragem pra enfrentar e força pra resistir. Não recuarei,” afirmou Nikolas em seu perfil no X (antigo Twitter).
A recusa do acordo por parte do deputado intensifica o debate sobre liberdade de expressão e as consequências legais de declarações públicas, além de levantar questões sobre a aplicação da lei em casos semelhantes.