Nikolas Ferreira protocola CPI para investigar distorções em pesquisas do IBGE

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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL), conhecido por sua oposição ao governo Lula, anunciou que colherá assinaturas para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar possíveis distorções nos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A crítica de Ferreira se concentra principalmente nos números relativos ao desemprego e à pobreza, que, segundo ele, estariam sendo manipulados para criar uma “realidade paralela” que favoreceria o governo atual.

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O IBGE é atualmente comandado por Márcio Pochmann, doutor em Ciências Econômicas e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), o que, segundo Ferreira, torna o instituto vulnerável a influências políticas.

“Chega de maquiar a realidade. Lula colocou um petista fiel, Márcio Pochmann, no comando do IBGE para fabricar uma ‘realidade paralela’”, afirmou o deputado, destacando a discrepância entre os dados oficiais e o que ele considera ser a verdadeira situação econômica do Brasil.

IBGE é acusado de manipulação de dados

O principal alvo de Nikolas Ferreira são as recentes estatísticas divulgadas pelo IBGE, como a taxa de desemprego de 6,1%, considerada a menor da série histórica, e os índices de pobreza no Brasil.

O deputado acusa o instituto de omitir dados importantes ao calcular a taxa de desemprego, excluindo da conta milhões de pessoas que, embora estivessem fora do mercado de trabalho, não foram consideradas desempregadas pela metodologia adotada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

“Dados recentes do IBGE mostram desemprego de 6,1%, retirando da conta 4,4 milhões de desempregados, além de publicar que o Brasil atinge o menor índice de pobreza da história, mas com critérios alterados”, afirmou Ferreira, reforçando que essas alterações nas metodologias de cálculo distorcem a realidade e não refletem a verdadeira situação econômica do país.

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O método do IBGE

A metodologia utilizada pelo IBGE para calcular o desemprego leva em consideração apenas aquelas pessoas que ativamente buscaram emprego, excluindo do cálculo aqueles que desistiram de procurar trabalho.

Nikolas Ferreira argumenta que muitas pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram vaga por acreditarem que não conseguiriam uma oportunidade, acabam ficando de fora do índice de desemprego.

Desde 2012, o IBGE adota essa mesma metodologia na Pnad, inclusive durante o governo de Dilma Rousseff, o que, segundo o deputado, não justifica a manipulação dos dados. Ele sustenta que a nova gestão do IBGE, sob a direção de Pochmann, tem alterado critérios importantes para mascarar a realidade e tentar passar uma imagem de progresso econômico para a população.

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