Em meio à grave crise humanitária que assola a Faixa de Gaza, um incidente chocante ocorreu no dia 16 de novembro, quando 98 caminhões de alimentos, parte de um comboio de 109, foram violentamente saqueados.
Os caminhões transportavam ajuda vital da ONU e do Programa Mundial de Alimentos (PMA), com destino a regiões em necessidade extrema na Palestina.
Apesar da gravidade do ocorrido, a ONU se recusou a apontar os responsáveis pelo roubo, gerando questionamentos sobre a segurança das operações e a dificuldade de acesso às zonas mais afetadas pelo conflito.
A funcionária sênior da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), Louise Wateridge, confirmou à Reuters que o comboio foi desviado inesperadamente para uma rota desconhecida pela passagem de Kerem Shalom, a pedido das autoridades israelenses. Esse redirecionamento pode ter contribuído para a vulnerabilidade da missão humanitária.
Desafios de acesso dos caminhões com ajuda humanitária em Gaza
A tragédia evidencia os imensos desafios logísticos enfrentados pelas organizações humanitárias na região. Wateridge, ao comentar o incidente, ressaltou a seriedade da situação: “Esse incidente destaca a gravidade dos desafios de acesso para levar ajuda ao sul e ao centro de Gaza”.
A ONU e o PMA, que dependem da segurança e da integridade de suas operações para fornecer assistência essencial, agora se veem frente a mais obstáculos para alcançar as populações necessitadas.
Em um contexto marcado por incertezas e ataques, a segurança das rotas humanitárias e a proteção das cargas de alimentos são questões de extrema importância, ainda mais quando a necessidade de assistência humanitária nunca foi tão urgente.
O roubo de itens essenciais, como os alimentos que estavam a caminho de Gaza, só reforça a necessidade de um compromisso internacional mais robusto para garantir a continuidade das ações de socorro.
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