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Edmundo González, rival de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais venezuelanas de julho, chegou à Espanha no domingo (8), após deixar a Venezuela.
González enfrentava uma ordem de prisão emitida pelo Ministério Público venezuelano e reconhecida pela Justiça local.
De acordo com informações divulgadas, González se refugiou voluntariamente na embaixada da Espanha em Caracas antes de solicitar asilo político. O chanceler espanhol, José Manuel Albares, confirmou que o governo espanhol concedeu asilo ao opositor.
Em uma postagem nas redes sociais, Albares reiterou o compromisso da Espanha com os direitos políticos e a integridade física dos venezuelanos, conforme relatado pelo jornal Folha de S.Paulo.
María Corina Machado, a principal líder da oposição venezuelana, destacou que González estava sob constante ameaça e que o regime de Maduro não hesitou em usar todas as formas de pressão contra ele.
Edmundo González abandona Venezuela após perseguição de Maduro
González abandonou a Venezuela em um momento de crescente perseguição a opositores, especialmente após sua declaração de vitória nas eleições de 28 de julho. Desde sexta-feira (6), forças de segurança de Maduro cercavam o prédio da embaixada argentina em Caracas, onde se encontravam outros seis opositores.
A embaixada, sob custódia do Brasil desde 5 de agosto após a expulsão dos diplomatas argentinos, foi liberada no domingo (8) com a saída de González.
O caso ressalta a tensão política na Venezuela e as medidas drásticas tomadas pelo regime de Maduro contra aqueles que desafiam sua autoridade. A chegada de González à Espanha marca um novo capítulo na luta pela democracia e direitos humanos na Venezuela.