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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, confirmou sua pré-candidatura à Presidência da República para as eleições de 2026 e, em entrevista exclusiva ao Correio, fez duras críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Com uma trajetória política de 40 anos e uma gestão bem avaliada em seu estado, Caiado acredita que o Brasil precisa de lideranças com competência comprovada para enfrentar os desafios econômicos e sociais que o país atravessa.
Pré-candidatura de Caiado e críticas ao Governo Lula
Em relação à sua candidatura, Caiado destacou que sua decisão é movida pela experiência acumulada ao longo de sua carreira política e pelos resultados que obteve como governador. “Somos referência em diversas áreas, como educação, segurança e programas sociais”, afirmou o governador.
Segundo ele, a falta de novas propostas por parte do governo Lula tem gerado frustração na população, que sente que o presidente não cumpriu as promessas feitas durante a campanha de 2022.
Caiado também comentou a possibilidade de enfrentar Lula novamente nas urnas, como ocorreu em 1989. Ele vê essa oportunidade como uma chance de mostrar ao eleitorado brasileiro sua trajetória política, destacando sua coerência e gestão eficiente em Goiás. “O Brasil precisa de políticos com capacidade de fazer, e não de promessas vazias”, afirmou o governador.
Ronaldo Caiado não poupou críticas ao governo federal, especialmente à proposta de PEC da Segurança Pública. Segundo ele, a PEC visa centralizar o controle sobre as polícias estaduais e não resolve o problema da criminalidade no país. “O governo federal quer comandar as polícias estaduais, mas quem paga a conta somos nós, governadores”, explicou.
Caiado defende mais autonomia para os estados no combate ao crime e a criação de políticas públicas locais que considerem as particularidades de cada região.
Desafios na direita e o apoio de Bolsonaro
Ronaldo Caiado também comentou sobre a divisão no campo da direita, que pode dificultar a formação de uma aliança sólida para enfrentar Lula em 2026. “Vai ser difícil conseguir uma unidade 100% no primeiro turno, mas temos que trabalhar para que a direita tenha uma opção viável”, disse.
Além disso, ele abordou a questão do apoio de Jair Bolsonaro, com quem teve desentendimentos durante a eleição em Goiânia, mas sem abrir mão do respeito mútuo. “Eu sempre apoiei o ex-presidente Bolsonaro, e ele sabe disso”, destacou Caiado.
“O Brasil precisa de uma centro-direita que entenda a importância do agro, mas que também seja progressista, inovadora e comprometida com o meio ambiente”, concluiu.