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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, comentou na quinta-feira (28) sobre a alta do dólar, que fechou cotado a R$ 5,99, o maior valor desde a criação do Plano Real, em 1994. De acordo com o ministro, o aumento da moeda americana é reflexo, em grande parte, do feriado nos Estados Unidos, que resultou no fechamento do mercado financeiro do país.
Rui Costa destacou que, com o mercado americano fechado devido ao feriado de Ação de Graças, o impacto sobre o dólar no Brasil foi amplificado.
“Quando os mercados dos dois países estão abertos, a movimentação é mais diluída e os movimentos são menos intensos. No entanto, quando apenas o mercado brasileiro está funcionando, qualquer variação no mercado local se torna mais significativa”, explicou o ministro, sugerindo que a volatilidade observada no câmbio é uma consequência direta dessa situação.
O ministro também alertou para o fato de que, sem a presença do mercado americano, o movimento de alta do dólar pode ser mais susceptível a “manobras de subida artificial”, uma referência ao aumento exacerbado do valor da moeda em um cenário de menor negociação.
Cortes de Gastos fez dólar ir acima dos R$ 6,00
Rui Costa também se referiu ao pacote de corte de gastos anunciado pelo governo, que inclui a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. Ele enfatizou que esta medida era uma promessa de campanha e que não deveria ser responsabilizada pela reação negativa do mercado.
Segundo o ministro, o impacto da medida sobre a alta do dólar não pode ser atribuído a esse anúncio, já que a isenção foi uma promessa que visa beneficiar a população de baixa renda, e sua implementação não deveria surpreender o mercado.
Em um contexto de alta volatilidade no câmbio, o governo federal segue buscando explicar as razões da oscilação da moeda e minimizar a relação entre as medidas econômicas internas e os movimentos do mercado financeiro global.