Servidores dos Correios estão revoltados com desconto de 75% no 13º salário

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A insatisfação tomou conta dos servidores dos Correios após a revelação de que quase todo o 13º salário será retido devido a um acordo de dívida envolvendo o Postalis, fundo de pensão dos funcionários da estatal.

O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, admitiu que a empresa possui uma dívida superior a R$7,5 bilhões com o fundo. Essa dívida foi formalizada através da assinatura de um Contrato de Confissão de Dívida, em fevereiro deste ano, que antecipou o pagamento dessa montanha de recursos.

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O prejuízo do Postalis e o impacto no 13º salário

O Postalis, fundo de pensão dos Correios, fez investimentos no Banco Mellon, mas esses aportes resultaram em pesados prejuízos. Como consequência, a decisão judicial sobre a dívida impôs um desconto de 75% no 13º salário dos servidores, tanto ativos quanto inativos, que são participantes do Postalis BD.

O impacto é profundo: documentos obtidos pela coluna revelam que alguns trabalhadores receberão apenas R$90 de 13º, deixando muitos completamente insatisfeitos com a situação.

A situação se complica ainda mais quando se observa que Fabiano Silva dos Santos, atual presidente dos Correios, teve uma ligação anterior com o escritório Mollo & Silva, que atuava na defesa do Postalis até 2022. Questionado sobre possíveis conflitos de interesse, o representante dos Correios negou qualquer vínculo atual com o escritório, afirmando que Fabiano não é mais sócio desde o ano passado.

O episódio gerou grande indignação entre os servidores, que acusam a administração dos Correios de prejudicar suas finanças em nome da quitação de uma dívida que, até então, estava sendo discutida judicialmente. A tensão continua, com os trabalhadores aguardando respostas claras sobre o futuro de seus benefícios.

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