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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, deu um prazo de 15 dias para que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifeste sobre a queixa-crime apresentada contra ele pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A queixa acusa Haddad de calúnia, injúria e difamação após o ministro associar o senador ao esquema de “rachadinha” durante uma defesa da Receita Federal contra desinformações sobre a taxação do Pix.
A queixa-crime foi registrada em 17 de janeiro por Flávio Bolsonaro, que argumenta que as afirmações de Haddad foram falsas e prejudicaram sua honra. O senador contesta as acusações, alegando que o ministro ultrapassou os limites da liberdade de expressão e fez imputações criminosas sem base, afetando sua imagem pública de maneira indevida.
Briga entre Haddad e Flávio Bolsonaro
A fala polêmica de Haddad ocorreu durante uma coletiva de imprensa na qual ele anunciou a revogação de uma portaria da Receita Federal. Ao explicar a revogação, Haddad afirmou que as movimentações nas contas de Flávio Bolsonaro eram “absurdas” e que o senador deveria “se explicar como conseguiu um patrimônio espetacular sem nunca ter trabalhado”. Essas declarações geraram a reação imediata de Flávio Bolsonaro, que, em resposta, acusou Haddad de espalhar “fake news” e desafiou a integridade de seu governo.
O prazo para Haddad apresentar sua defesa é até o dia 7 de fevereiro. Caso ele não se manifeste dentro desse período, o ministro André Mendonça determinará que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o caso.